Jesus nos alertou, “ninguém acende uma candeia e coloca debaixo da mesa” (Mateus 5.14 e 15).

Nós fomos chamados para anunciar, declarar e colocar em evidências a sua mensagem (Evangelho) (1 Pedro 2.9). Faz parte da missão da Igreja de Cristo comunicar, informar, formar, alinhar o emissor com receptor. Assim, pastores, missionários, evangelistas, obreiros, homens comuns, mulheres nobres e crianças que compõem a grande seara do Senhor, desde os tempos mais remotos, tem proclamado a palavra da salvação em lugares inóspitos como praças, centros de detenção, redutos em que o crime tem um ritmo cadencial constante ou outros lugares, em cruzadas, nos transportes de massa como os trens e ônibus, utilizando-se de recursos como o discurso simples, destituído do peso acadêmico, folhetos, folhetinhos produzidos de próprio punho, livros, rádios, TV, Internet e até mesmo outros meios que até não conhecemos, dado a nossa facilidade em utilizar recursos imediatistas e instantâneos. Ou seja, o homem sempre conseguirá se comunicar de uma forma ou de outra, e ainda que lhe falte recursos, nesse caso, ele cria.

Com isso quero apontar que o crescimento da população do planeta, os avanços da ciência e da tecnologia, que parecem não ter fim e ser impossível mensurá-los, foi transformando as formas e os meios de comunicação, afetando diretamente a linguagem, que foi se adaptando as novas formas. Porém precisamos estar atentos a essas mudanças para não perdermos a eficiência em utilizarmos os meios de comunicação e, como resultado, sermos precisos e centrados para atingirmos o público-alvo, a saber: O homem.

Vale lembrar que os apóstolos foram repreendidos e exortados a não anunciarem mais sobre “Jesus” e sua “ressurreição”, mas a reação desses Apóstolos foi contundente: Magistralmente não se recusaram diante das ameaças dos líderes religiosos e de uma população ensandecida o ato de falarem daquilo que eles tiveram “visto e ouvido”, pois, deixaram claro que não podiam deixar de comunicar a Verdade, nesse caso o Evangelho de Jesus Cristo, e do qual eles, d’Ele foram discípulos (Atos 4).

O que nos separa dos primeiros discursos dos Apóstolos não pode ser o conteúdo, que, aliás, alicerçado no comprimento das profecias dos homens do Antigo Testamento, “falaram movidos pelo Espírito de Deus”, comunicando o Reino vindouro e a manifestação de toda sua bondade, (Jesus Cristo) deve e tem que ser o mesmo, mas o que podemos admitir e disso desfrutar são os meios, os recursos de amplificação para nosso anúncio, que de tempos em tempos se renovam e mudam, afetando e até propondo uma nova linguagem, ou mesmo um novo sentido à linguagem pronunciada.

Essas formas se modernizaram, e continuaram a se modernizar, mas o que não pode mudar é nossa mensagem (conteúdo), nossa convicção em relação ao que pregamos (qualidade), e a prática das nossas vidas em relação ao nosso discurso (vida cristã), ou seja, devemos comunicar o que ouvimos, o que vemos e que vivemos alinhados com a Palavra de Deus, como verdadeiros atalaias de Deus.

Pr. Roberto Cerqueira

Presidente AMEI

Extraído do site cpesp.org.br